quarta-feira, 24 de abril de 2024

Rumor do Dia: Antonelli no lugar de Sargent em Imola?


Surgiu nesta terça-feira à noite o rumor de que poderá acontecer dentro em breve uma mudança na Williams, onde Logan Sargent poderá ter os dias contados e ser substituído pelo italiano Andrea Kimi Antonelli. O lugar? Imola, palco da primeira corrida em solo europeu, a 19 de maio. A fonte seria o jornalista Joe Saward, que costuma ser bem informado.

Segundo conta no seu blog, Saward afirma que ele poderia correr pela Williams, já que ele é piloto da Mercedes. E por causa disso, ele saltou da Formula 4, que dominou a competição, para a Formula 2, nesta temporada, saltando a Formula 3. Só que Antonelli tem 17 anos - fará 18 a 25 de agosto - e a FIA não dará uma Super-Licença a ninguém abaixo dessa idade, mesmo que tenha os pontos necessários. Contudo, a Mercedes espera que a FIA abra uma excepção ao piloto italiano. 

A ida para a Williams teria a ver que ambas as equipas partilharem o motor Mercedes, e se acontecer, seria o primeiro italiano na Formula 1 desde Antonio Giovinazzi, em 2021.  

Antonelli fez um teste recentemente no Red Bull Ring com o carro de 2022 e de uma certa forma, mostrou ter alguma consistência com a idade que tem, embora nesta temporada de Formula 2, é nono classificado, sem pódios e como melhor resultado um quarto lugar na segunda corrida de Melbourne, na Austrália. 

Já agora, como curiosidade, o nome do meio foi dado pelo seu pai, Marco, em tributo a Kimi Raikkonen.

terça-feira, 23 de abril de 2024

A imagem do dia



A Ferrari anunciou esta terça-feira que no GP de Miami, no fim de semana de 5 de maio, andará com uma pintura especial para assinalar os 75 anos da sua presença nos Estados Unidos. E a pintura será azul e branca, as cores usadas pelos carros americanos até 1968, altura em que a FIA liberalizou as pinturas nos carros, abandonando as cores nacionais. 

Calha também que em 2024 passam 60 anos sobre o título conquistado por John Surtees, alcançado no México, e cujos carros - ele e o seu companheiro, Lorenzo Bandini - usaram nas duas últimas corridas dessa temporada. 

Segundo conta a Scuderia no comunicado oficial, ela descreve estas cores como "fazendo referência à rica herança da Ferrari e que se mantém na memória dos fãs".

Não foi a única vez que a Ferari participou na Formula 1 sob outras cores. Equipas-cliente de outros países correram com máquinas de Maranello. Um bom exemplo foi a Ecurie Francochamps, que pintou os seus carros de amarelo - as cores belgas - para pilotos como Paul Frére, Williy Mairesse ou Olivier Gendebien (na primeira foto, durante o GP da Bélgica de 1961)   

O que poucos sabem é que estas cores existiram por causa de uma birra de Enzo Ferrari.

A história é simples: quando a FIA decidiu não homologar o seu modelo de Le Mans, o 250 LM, como um GT, o Commendatore decidiu que iria deixar de correr com o vermelho, símbolo de Itália, e iria correr com as cores americanas, através do seu importador, a NART, do seu ex-piloto e importador para os Estados Unidos, Luigi Chinetti. Isso porque a CSAI, a entidade automobilística italiana, não o apoiou nas suas pretensões de homologação do 250 LM.

A ameaça foi cumprida depois do GP de Itália, em setembro, onde John Surtees acabou por vencer, com os carros a serem pintados com as cores americanas nas corridas finais. Ali, o britânico conseguiu dois segundos lugares, garantido o título na ronda final, na pista mexicana. Pouco depois, Ferrari conseguiu o que queria e foi buscar a sua licença italiana para continuar a competir, pintando os seus carros de vermelho em 1965... e adiante.  

Formula E: DS correrá com pintura especial no Mónaco


A DS Penske usará uma pintura diferente no próximo ePrix, no Mónaco, como forma de homenagear os trajes de luxo usados nas festas do Principado. Batizado de "Grand Gala", também lembra os carros pintados pelas cores da John Player Special, que andaram nos flancos da Lotus entre 1972 e 1986. 

Para celebrar esta decoração inédita, será produzido um póster pela “Automobilist”, que ficará disponível para o público ao longo de todo o fim de semana da prova. Os seus pilotos, o francês Jean-Éric Vergne e o belga Stoffel Vandoorne, irão, também, envergar os seus equipamentos, fatos de competição e capacetes com as cores “Grand Gala” dos seus DS E-TENSE FE23.

O ePrix do Mónaco, oitava corrida do campeonato elétrico, acontecerá este sábado, dia 27, pelas 14 horas.

Vende-se: Capacete de Niki Lauda


A poucos dias do 50º aniversário da sua primeira vitoria na Formula 1, pela Ferrari, em Jarama, a Bonham's anuncia que um dos seus capacetes estará à venda num leilão que acontecerá durante o fim de semana do GP de Miami, a 5 de maio. 

E não é um capacete qualquer: á o capacete que usava no GP da Alemanha de 1976, a 1 de agosto daquele ano. Aquele onde sofreu o acidente que mudou a sua vida. Aparentemente devido a uma falha na suspensão, o piloto da Ferrari perdeu o controle do seu carro, bateu contra a parede e no impacto, o carro pegou fogo e ainda recebeu o impacto do Surtees de Brett Lunger e o Hesketh de Guy Edwards

Socorrido por esses dois, mais Arturo Merzario e Harald Ertl, foi levado para o hospital da Mannheim, esteve em estado grave, chegado até a receber a extrema-unção, ficou com ferimentos sérios na cara, orelha e couro cabeludo. Para além disso, teve danos internos nos pulmões.  

O resto da história é conhecido: 40 dias depois do desastre, estava de volta ao carro, no GP de Itália, perante o espanto de toda a gente. Tentou manter-se na luta pelo título, para perder na chuva de Fuji, ao parar voluntariamente no inicio da segunda volta do GP do Japão. No ano seguinte, conseguiu o bicampeonato, antes de seguir para a Brabham, e para uma carreira com retiradas e regressos, acabando com o terceiro título mundial, em 1984, no GP de Portugal, ao serviço da McLaren.

O capacete do piloto austríaco - que se estima poder ser vendido entre os 30 e os 50 mil dólares - é um dos muitos que estará em leilão, ao lado de capacetes originais de Michael Schumacher, Nigel Mansell, Gilles Villeneuve, Alain Prost, Jean Alesi e outros. 

O capacete de Lauda estava em mãos privadas e as receitas do leilão irão para a UNICEF, a ONG escolhida pela família Lauda.

Estamos muito satisfeitos que o legado do nosso pai continue a fornecer ajuda e assistência aos mais necessitados”, disse Lukas Lauda, um dos seus filhos. “Os desafios enfrentados pela UNICEF na prestação de ajuda humanitária às crianças em todo o mundo são enormes, se pudermos dar uma pequena contribuição para melhorar as oportunidades para outros; estamos muito satisfeitos em fazê-lo.”, concluiu.

Temos o privilégio de apresentar este capacete historicamente significativo, como um testemunho do legado de Niki Lauda como piloto e como defensor da segurança”, disse James Garguilo, especialista da Bonhams Automobilia. “Sua determinação inabalável e sua coragem alteraram a trajetória da história do automobilismo.”, concluiu.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

A imagem do dia


De 1960 a 2002, o sistema de pontuação foi o mesmo: do primeiro do sexto, nove ao vencedor, seis para o segundo, quatro para o terceiro, três para o quarto, dois para o quinto e um para o sexto. Foram 42 anos onde a única alteração foi em 1991, ao dar mais um ponto ao vencedor.

Em 2003, em parte para atenuar o domínio do Ferrari de Michael Schumacher, decidiu-se mudar o sistema de pontuação, dando pontos até ao oitavo lugar. Mas a maior revolução aconteceu em 2010, quando deram até ao décimo lugar, com 25 pontos ao vencedor, 18 ao segundo e 15 ao terceiro, valorizando a vitória. Estamos assim há 14 anos, com uma ou outra reclamação, mas todos aceitam, de certa forma.    

Contudo, isto poderá ter uma alteração. Surgiu nesta segunda-feira a noticia de que a Liberty Media quer alargar o sistema de pontuação, para alargar até ao 12º lugar. Os pontos seriam os mesmos até ao sétimo posto, com as alterações a acontecer dali para baixo: P8: 5 pontos, P9: 4, P10: 3, P11: 2 pontos e P12: 1 ponto.

E a ideia é de entrar em vigor na temporada de 2025.

Caso seja aprovado, será a quarta alteração em 23 temporadas. Bem sei que os carros são hoje em dia máquinas resistentes, com quebras de componentes muito raros, desde motores a travões, mas cá para mim, é um meio para chegarmos ao sistema de pontuação da IndyCar - afinal, são americanos: dar pontos a todos. 

Pergunto, também, a mim mesmo, sobre o sistema de pontuação por si. Inicialmente, foi visto como uma recompensa pelo seu esforço em pista, mas agora, parece vulgarizar-se. Se assim for, pergunto o que é que eles lutarão em pista. Ganhar posições? Porque em situação de domínio, como aquele que passamos agora, o resto do pelotão terá como melhor chance o segundo ou o terceiro lugar, esperando por um mau dia do piloto dominador. 

Mas também penso noutra coisa. Tivemos um sistema de pontuação que durou mais de 40 anos. Habituamo-nos... se calhar, mal. Agora em dia, resmungamos por ter mudanças a cada meia dúzia de anos - embora o atual tenha 14 anos - e perguntamos, com legitimidade, que ligações isto tem com o passado distante, por exemplo. Quatro rodas, um volante?

Veremos como isto acabará. Se será bem ou mal acolhida, por exemplo. Francamente, acho que a competiwidade não passa por aí. O que acontecerá se dermos pontos a todos e ganhar o mesmo?   

WRC: Martins Sesks correrá pela Ford em dois ralis


O letão Mārtiņš Sesks, de 24 anos e vice-campeão europeu de ralis, correrá num Ford Puma Rally1 em duas provas, os ralis da Polónia e Letónia. Um dos principais intervenientes no Europeu de Ralis, para além do segundo lugar no Europeu do ano passado, foi três vezes campeão Júnior de Ralis na Letónia e vice-campeão Mundial de Junior Ralis em 2020.

A sua estreia no Mundial de ralis, num carro da categoria principal, será em terras polacas, no final de junho, e será com o carro sem a potência híbrida. Três semanas depois, a meio de julho, irá estrear-se em casa, e num Rally1, onde também será a estreia do seu país em provas do WRC. 

"É um sonho tornado realidade ao juntar forças com a M-Sport World Rally Team e com o WRC Promoter para esta incrível oportunidade de me promover dos Rally2 para um Rally1.", afirmou. "Devo admitir que é preciso dizê-lo duas vezes para acreditar plenamente que em breve estaremos a competir ao lado dos pilotos de elite do mundo com máquinas de Rally1.", continuou. 

"A viagem até este ponto foi um esforço enorme de muitas pessoas, especialmente da minha família, cujo legado nos ralis remonta à prova inaugural do meu avô em Liepaja, em 1965. Agora, 59 anos depois, tenho a oportunidade de participar no mesmo rali, mas numa prova do WRC. Embora a adaptação às máquinas do Rally1 exija, sem dúvida, a nossa concentração e empenho inabaláveis, estamos totalmente preparados para dar o nosso melhor."

"O facto de sermos incumbidos de pilotar a primeira aparição não híbrida do Puma Rally1 torna ainda mais emocionante para nós ver o que o futuro nos reserva”, concluiu.

Youtube Formula 1 Video: Roland Ratzenberger (Parte 3)

Hoje é dia de apresentar a terceira parte do documentário sobre Roland Ratzenberger. Aqui, o foco neste episódio tem a ver com a sua passagem pelo Japão, onde correu pela Toyota na Endurance local, ao ponto de ter uma vitória na sua classe nas 24 Horas de Le Mans. E também o seu tempo na Formula 3000 local, onde correu contra gente como Heinz-Harald Frentzen, Mika Salo, Mauro Martini, Marco Apicella e outros, onde se tornou um piloto conhecido localmente.

E no meio do documentário, nas conversas, a obsessão pela Formula 1: um negócio que tinha de fazer, nem que fosse para acalmar a sua consciência.  

domingo, 21 de abril de 2024

WRC 2024 - Rali da Croácia (Final)


Foi um final surpreendente, mas aconteceu: no duelo entre Thierry Neuville e Elfyn Evans, o melhor foi... Sebastien Ogier. O piloto belga despistou-se na 18ª especial e caiu numa valeta, perdendo tempo, e a asa traseira, custando-lhe a liderança, acabando por cair nas mãos de Ogier, que conseguiu aqui a sua primeira vitória do ano. Restou a Neuville o terceiro lugar e a manutenção da liderança, agora com 86 pontos, menos seis que Evans, segundo no rali. 

"Ótimos dias, mas infelizmente hoje não correu bem. Queríamos dar o máximo no Powerstage, mas sem a asa traseira é impossível de pilotar.", lamentou o belga da Hyundai. 

Evans lamentou também o seu resultado, por causa de um pião, que comprometeu a sua luta pela vitória. "Estou decepcionado com o pião de hoje. No geral, [foi] bom fim de semana, mas hoje..."

No final, Ogier triunfou com 8,6 segundos sobre Evans e 45,8 sobre Neuville. 

As quatro especiais deste último dia foram passagens duplas por Trakošćan-Vrbno e Zagorska Sela-Kumrovec, com a segunda passagem a ser a Power Stage. Com três pilotos separados por menos de 12 segundos, o dia começou com Katsuta Takamoto a ganhar a especial, na frente de Adrien Formaux e Eflyn Evans. Tanak ganhou na especial seguinte... onde tudo começou a desabar para Neuville e Evans. o galês perdeu 19,3 segundos, enquanto o belga perdeu 23,3. Ogier foi terceiro na especial, perdendo apenas 1,5 segundos, ficando o francês na liderança.

"Num lugar escorregadio, bati forte [com] a traseira-esquerda e [acabei por fazer] um pião.

Quem também bateu forte foi Adrien Formaux, que dobrou a sua coluna de direção e acabou por abandonar o rali. 

Takamoto voltou a triunfar na terceira especial do dia, a segunda passagem por Trakošćan-Vrbno, 0,6 segundos na frente de Elfyn Ewans, 0,8 sobre Ott Tanak, e 3,3 sobre Sebastien Ogier, que estava mais à vontade no comando do rali. Neuville pereu 11,4 segundos e queixava-se do que não tinha: “Não posso fazer mais, o carro não pode ser guiado sem a asa traseira e também sem [o sistema] híbrido.

Chegados ao Power Stage, o melhor acabou por ser Adrien Formaux, 3,8 segundos na frente de Ott Tanak, cinco segundos sobre Sebastien Ogier, 6,7 sobre Takamoto Katsuta e 8,3 sobre Elfyn Evans. Thierry Neuville perdeu mais 32,5 segundos. 

Depois dos três primeiros, Tanak foi o quarto, a 58,6 segundos, na frente de Takamoto Katsuta, a 1.55,5 e bem longe de Andreas Mikkelsen, a 4.01,0. Gregoire Munster foi o sétimo, a 5.11,0, na frente de Nikolay Gryaxin, o melhor dos Rally2, a 9.21,3. E a fechar o "top ten" ficaram o Citroen C3 Rally2 de Yohan Rossel, a 9.59,5, e o Toyota GR Yaris Rally2 de Sami Pajari, a 10.22,7.

O WRC continua dentro de três semanas, com o rali de Portugal.

Youtube Motorsport Streaming: As Seis Horas de Imola

Este domingo tens as Seis Horas de Imola, e podem ver aqui ao vivo a segunda corrida do Mundial de Endurance.   

Formula 1 2024 - Ronda 5, Xangai (Corrida)


Cinco anos depois da última vez que lá esteve, não foi só a Formula 1 que mudou um bocado desde a última ocasião em que foi a Xangai. A China fechou-se ao mundo por causa da pandemia, que começou ali, não muito longe daquela cidade, e agora, voltou a abrir-se ao mundo. A Liberty Media esperou pacientemente para este regresso para voltar a correr - tirando a América, a China é o sitio onde eles querem que a Formula 1 esteja. E quanto mais corridas, melhor. Esse seria o seu sonho. 

Mas no regresso, as coisas mudaram muito. Não foi só o facto de terem um chinês no pelotão, para delírio dos locais, mas também, em 2019, tinham o domínio da Mercedes, para agora estarmos no domínio da Red Bull, com o testemunho a ser passado de Lewis Hamilton para Max Verstappen. E à partida deste GP chinês, todos sabiam que os Red Bull eram os claros favoritos. 

No dia de hoje, apesar do tempo nublado, não se esperava chuva. Boa parte do pelotão calçava médios, com a excepção de Lance Stroll.


Na partida, Max Verstappen arrancou na frente e assim que se livrou da pressão de Alonso - que tinha largado melhor e passou Sérgio Pérez na partida para ser segundo... foi-se embora. Atrás, Lando Norris era quarto e tentava acompanhá-los. Atrás, Nico Hulkenberg surpreende um dos Ferraris, o de Sainz Jr, e era oitavo no final da primeira volta. Mas o espanhol reagiu e passou-o depois da reta da meta.

Pérez perseguia Alonso pelo segundo lugar, enquanto Max escapava - tinha então quatro segundos de vantagem - e demorou algum tempo até se encostar e passá-lo, ficando com o segundo lugar. Duas voltas depois, Norris apanhou-o e ficou com o terceiro lugar. Havia algumas passagens um pouco mais abaixo, mas a partir da 11ª volta, começaram as idas às boxes, colocando pneus duros. Max e Checo foram na mesma volta, e não perderam tempo. 

Nessa altura, a liderança caiu nas mãos de Lando Norris, que tentou ficar na frente o mais tempo possível. Foi assim por cinco voltas, até ser passado pelo neerlandês.


As coisas estiveram assim calmas até que Valtteri Bottas parou na 21ª volta com problemas no seu Sauber. Por causa disso, o Safety Car Virtual entrou em ação, boa chance para Norris ir para as boxes e fazer a sua troca de pneus. Os dois Red Bull também foram às boxes, colocando duros na mesma, só para ter pneus frescos quando a corrida recomeçasse.

O recomeço aconteceu na volta 26... mas durou pouco. No meio do pelotão, e na curva 14, antes de recomeçar a corrida, Lance Stroll e Daniel Ricciardo tocaram-se, quando ambos lutavam pela nona posição. Stroll foi às boxes, e regressou no fundo da tabela. Duas voltas depois, outro dos Racing Bulls teve problemas, com Yuki Tsunoda a ser tocado pelo Haas de Kevin Magnussen. O japonês ficou com danos e acabou por se retirar. Mais tarde, na wolta 37, Ricciardo também foi às boxes e parou de forma definitiva.

Até ao final, não aconteceu muito mais. Alonso tentou ir longe com os moles, mas trocou na volta 44 e desceu para fora dos pontos. Meteu médios e tentou ganhar o máximo de lugares possível. Chegou a sétimo e ainda sacou a melhor volta.


Mas na frente... nada de novo. Max ganhou, mas Norris foi inteligente e alcançou o segundo lugar, o segundo pódio da temporada, na frente de Checo Pérez. A Ferrari ficou o quarto lugar (Leclerc) e o quinto (Sainz Jr.) na frente de Russell, Alonso, Piastri, Hamilton - muito modesto - e Hulkenberg, colhendo outro ponto para a Haas. 

E enfim, mais uma corrida com o resultado de sempre. Agora atravessam o Pacífico, rumo a Miami, para a primeira de três corridas americanas, e cinco na América do Norte.

sábado, 20 de abril de 2024

WRC 2024 - Rali da Croácia (Dia 2)


Depois de oito especiais bem competitivas, o segundo dia do rali da Croácia desempatou a igualdade entre Thierry Neuville e Elfyn Evans a favor do piloto da Hyundai... por 4,9 segundos. Contudo, quem não anda nada longe é Sebastien Ogier, que está a meros 11,6 segundos, na terceira posição, e à espreita de qualquer tropeção dos dois primeiros.

Com o inesperado empate no final do primeiro dia, o rali tinha passagens duplas por Smerovišće-Grdanjci, Stojdraga-Gornja Vas, Vinski Vrh-Duga Resa e Pećurkovo Brdo-Mrežnički Novaki. O desempate começou logo na primeira especial do dia, onde triunfou... Adrien Formaux. Neuville ficou logo a seguir, a 0,5, e o piloto da Hyundai ficou na frente, 0,8 segundos de Evans. Ogier triunfou na segunda especial do dia, com o belga a ficar com o segundo melhor tempo, a 0,3, empatado com Evans. Neuville acaba por ganhar na terceira especial do dia, ganhando mais 0,9 segundos ao piloto galês, alargando para 1,7 segundos. E no final da manhã, o belga voltou a ganhar, conseguindo mais 2,9 segundos ao piloto da Toyota. 

"Tivemos uma etapa decente, o onboard [as imagens dentro do carro] deve estar muito bom. Mantivemos os pneus e provavelmente tivemos uma melhor gestão do que outros.", disse Neuville.

Ogier andou mais cautelosamente, depois de um susto: "Tive outro pneu que estava perdendo camadas e como sempre, não queria correr o risco de um furo. Não nos custou muito, chegamos aqui.", afirmou.


Pela tarde, com as segundas passagens pelas especiais da manhã, Evans passou ao ataque, ganhando na segunda passagem por Smerovišće-Grdanjci, ganhando 6,7 segundos a Neuville, e passando para a frente do rali, com dois segundos de vantagem, e Ogier em terceiro, agora a 7,6 segundos.  “Obviamente eles estão com pneus diferentes, eu forcei muito e tentei seguir em frente, sabia que estávamos a perder tempo”, disse o piloto belga.

Neuville reagiu e ganhou na segunda passagem de Stojdraga-Gornja Vas, ganhando 4,3 segundos a Evans, e recuperou a liderança. Continuou a alargá-la na segunda passagem por Vinski Vrh-Duga Resa, ganhando mais 1,7 segundos para Evans e no final do dia, conseguiu mais 0,9 segundos para o galês na segunda passagem por Pećurkovo Brdo-Mrežnički Novaki.   
   
Depois dos três primeiros, Ott Tanak é o quarto, a 1.15,5, na frente de Adrien Formaux, o quinto, a 1.35,4, e o melhor dos Ford. Sexto é Katsuta Takamoto, a 2.14,2, no seu Toyota, na frente do norueguês Andreas Mikkelsen, a 4.00,8. Quase um minuto mais atrás, a 4.56,3 está o Ford de Gregoire Munster, e a fechar o "top ten" estão os Citroen C3 Rally2 de Nikolai Gryaxin, a 7.41,4, e o de Yohan Rossel, a 8.20,9.

O rali da Croácia acaba do domingo, com a realização das últimas quatro especiais.

Formula 1 2024 - Ronda 5, Xangai (Qualificação)


Depois de uma sexta-feira agitada, sábado também ia no mesmo caminho por causa da corrida Sprint. Com o tempo a não colaborar muito, a chuva não prejudicou os pilotos o suficiente, pelo menos na corrida sprint, onde o piloto habitual deu-se bem com o piso seco e passou os pilotos que tinha na sua frente para sair dali como vencedor - demorou metade da corrida e um erro do então líder, Lewis Hamilton. Mas apesar de tudo, aconteceram umas lutas interessantes para o espectador poder ver. 

Com o passar das horas, o tempo clareou e a pista secou. Ótima para uma qualificação para a grande corrida, que acontecerá, claro, no domingo. 

Quando a hora chegou e a bandeira verde foi mostrada, os pilotos foram calmamente para a pista e marcar os seus tempos, todos com pneus moles. Com o passar dos minutos, as coisas aconteceram, mas a parte final foi mais interessante, não tanto no primeiro lugar - esse foi para Max, com 1.34,742 - porque gente como Lewis Hamilton - que fora segundo na Sprint Race - na  estava em risco de não passar para a Q2! Na sua volta final, melhorou apenas para o 12º tempo, mas com o passar dos minutos, e dos pilotos, caía cada vez mais abaixo. Quando Pierre Gasly e Charles Leclerc marcaram os seus tempos finais, Hamiton acabou num embaraçante 18º posto, fazendo companhia a Zhou Guanyou - para desilusão dos locais - Yuki Tsunoda, Logan Sargent e Kevin Magnussen.


Chegados à Q2, as coisas começam com Lando Norris a completar a sua volta com a marca de 1.34,460, indo para o topo da tabela de tempos, antes de ser batido por Max Verstappen, que fez ainda melhor: 1.33,946. O piloto neerlandês bateu a marca do britânico por 514 centésimos. Contudo, pouco depois, Carlos Sainz Jr despista-se na entrada para a reta da meta, bateu no muro de proteção e a sessão é interrompida. 

O carro regressou às boxes pela sua própria potência, mas sem asa dianteira e sem saber se o toque afetou ou não o eixo traseiro. Os mecânicos trabalharam afincadamente para o ter a postos para marcar uma volta... e conseguiu. In extremis, mas conseguiu. 

Na parte final, Max era o melhor, com 1.33,794, mas a luta era atrás. Quando o espanhol marcou o seu tempo, o piloto que estava em risco era Valtteri Bottas, e parecia ter sido excluído pelo Ferrari... de Charles Leclerc, que estava atrás dele antes da sua volta antes da bandeira de xadrez. Mas o piloto da Sauber ainda tinha uma volta para fazer e conseguiu o seu lugar nos dez primeiros, à custa de... Lance Stroll, o piloto da Aston Martin. Que fazia companhia aos Alpine de Pierre Gasly e Esteban Ocon, o Racing Bull de Daniel Ricciardo e o Williams de Alexander Albon.

E com isto, passamos para a Q3. De uma certa forma, parecia que já se adivinhava como iria acabar, pelo que se vira nas tabelas de tempos das sessões anteriores. Mas claro, nunca se sabe: espera-se sempre o inesperado.

Max apareceu cedo a marcar um tempo para o topo, com sete minutos para o final da qualificação, marcando 1.33,977, para depois "Checo" Pérez marcar 1.34,470. Depois, Fernando Alonso separou os Red Bull, colocando um tempo de 1.34,371. Oscar Piastri marcou o quarto tempo, numa volta em que foi ao limite por muitas vezes, mas sempre se manteve dentro da pista. O tempo foi depois batido por Lando Norris. 


Na parte final, Carlos Sainz Jr melhora, subindo para segundo na grelha, antes de ser batido pelo seu companheiro de equipa, Charles Leclerc, e depois por Oscar Piastri, com 1.34,273, para depois ser batido por Lando Norris, com 1.34,165. Mas por muito que todos melhorassem, Max parecia estar intocável. E ele iria demostrar isso, ao melhorar o seu tempo para 1.33,660, apesar de Fernando Alonso ter conseguido 1.34,148, para ser... terceiro, porque Sério Pérex consegue 1.33,982, os únicos abaixo de 1.34 e claro, a Red Bull a monopolixar a primeira fila da grelha de partida, no lugar onde conseguiram a sua centésima pole-position, no mesmo lugar onde conseguiram a primeira, 15 anos antes. 

Amanhã é dia de corrida. E não creio que esperemos muitas surpresas. Aparentemente...

Youtube Formula 1 Video: A redenção de Carlos Sainz Jr

Quando a Ferrari anunciou no inicio do ano a contratação de Lewis Hamilton, para correr ao lado de Charles Leclerc, parecia que Carlos Sainz Jr estaria numa espécie de canto, do qual não iria sair dali tão cedo. E iria sair de Maranello pela porta pequena. 

Contudo, quatro corridas no campeonato - cinco neste final de semana - o piloto espanhol ganhou uma corrida, tem mais pontos que o seu companheiro de equipa - e falhou uma corrida por ter tido apendicite - e agora, toda a gente quer tê-lo na sua equipa em 2025. A Mercedes fala dele, a Red Bull também, e fala-se que quer ir para a Audi, com um contrato de três anos, ou quatro temporadas. 

E é por causa deste "hype" que o Josh Revell fala sobre o filho de Carlos Sainz no seu mais recente vídeo. 

sexta-feira, 19 de abril de 2024

CPR: Dani Sordo participa no rali Terras D'Aboboreira


O espanhol Dani Sordo irá participar no Rali Terras D'Aboboreira, que acontecerá no fim de semana de 26 e 27 de abril. O piloto espanhol da Hyundai está ali para preparar o Rali de Portugal, que acontecerá duas semanas mais tarde, e que terá, pelo menos, sete pilotos do WRC2 inscritos.

De acordo com a lista de inscritos, para o Terras D'Aboboreira estão presentes os franceses Yohan Rossel (Citroen C3) e Pierre Louis Loubet (Skoda Fabia RS), o irlandês Josh McErlean (Skoda Fabia RS), o espanhol Jan Solans (Toyota Yaris), o britânico James Leckey (Citroen C3), o russo/blugaro Nikolay Gryazin (Citroen C3) e o boliviano Marco Bulacia (Citroen C3).

A eles, juntam-se os inscritos no CPR, como Kris Meeke (Hyundai i20 N Rally2), Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2), Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2), José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2), Pedro Almeida (Skoda Fabia Rally2 evo), Rúben Rodrigues (Skoda Fabia RS Rally2), Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2) e João Barros (VW Polo Rally2).

O Terras D'Aboboreira, para além de ser prova do Campeonato de Portugal de Ralis, também faz pate FIA European Rally Trophy (ERT). Com sete especiais, no total de 107,66 quilómetros, percorridos entre os concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses.

WRC 2024 - Rali da Croácia (Dia 1)


Está a ser um rali interessante, com uma luta entre Hyundai e Toyota, mas no final do primeiro dia, o melhor foi... Thierry Neuwille. E Elfyn Evans. Sim, leram bem: há um empate, depois das primeiras oito especiais do dia neste rali da Croácia. Sebastien Ogier é o terceiro, a 6,6 segundos dos dois primeiros, e os três estão já longe de Ott Tanak, quarto, noutro Hyundai, a 41,1 segundos.

Quarta prova do campeonato, e o regresso à Europa, depois de trem ido ao Safari, o primeiro dia do rali da Croácia tinha oito especiais, com passagens duplas por Krašić-Sošice, Jaškovo-Mali Modruš Potok, Ravna Gora-Skrad e Platak. O rali começou no dia anterior, com Neuville a ganhar, 6,6 segundos na frente de Evans, com Ogier em terceiro, a 14,5.

A manhã desta sexta-feira começa com Evans a ganhar, 1,7 segundos na frente de Neuville e 2,4 sobre Tanak. E na primeira passagem por Ravna Gora-Skrad, Neuville levou a melhor  sobre Evans, 3,5 segundos de diferença, com Ogier em terceiro, a 3,6. E em Platak, o belga acabou por ser o melhor, deixando Evans a 0,2 e Ogier a 0,3.


"Foi provavelmente o estágio mais limpo. Não posso atacar. Tinha que ser tão suave e limpo. Não tenho como puxar, caso contrário não funciona. Eu gostaria de ir mais rápido!", disse o belga. 

"Tem sido um bom rali. Podemos estar felizes com o nossa prova. Perdemos algum terreno, mas esperamos melhorar à tarde. O [pneu] macio foi definitivamente a escolha errada, mas estou feliz com a minha escolha mista.", afirmou Ogier, no final da manhã.

Pela tarde, com a segunda passagem pelas especiais da manhã, com Neuville a ganhar na segunda passagem por Platak, com Evans a 1,5 e Ogier, a 5,4. Nesta altura, o belga tinha conseguido um avanço de 10,1 sobre o galês da Toyota e 26,9 sobre o outro Toyota do piloto francês. Ewans reagiu, ganhando na segunda passagem por Ravna Gora-Skrad, com Neuville a ser quinto, perdendo... dez segundos. Tudo por causa de um furo que o belga sofreu. E o rali começava a ficar bem quentinho!

Na especial seguinte, ganha por Ogier, e com o belga a ficar em quarto e a perder a liderança do rali, lamentou: "Estou desapontado com o furo na etapa anterior, mas é algo que não se podia evitar. Sei que posso ir mais rápido, mas não estou confiante.


No final do dia, Ogier voltou a ganhar, com Neuville a ser terceiro, perdendo 9,4 segundos, mas Evans perdeu ainda mais tempo, ficando com menos 11 segundos e... um empate. 

Contudo, o belga não estava feliz: "Eu fiz o que pude, não foi um bom dia para nós." E Evans não estava tão feliz assim:  "Especial complicada, não tinha uma boa sensação no final."    

Depois dos quatro primeiros, Adrien Formaux é o quinto, a 52,7 segundos, no seu Ford, longe do sexto classificado, o Toyota da Takamoto Katsuta, a 1.37,8. Andreas Mikkelsen é o sétimo, a 2.37,8, na frente de Gregoire Munster, a 3.07,3. Nono é o melhor dos Rally2, Nikolai Gryaxin, num Citroen C3 Rally2, a 3.48,3, na frente de Yohan Rossel, também num Citroen C3 Rally2, a 4.19,4. 

Amanhã, o rali da Croácia continua, com a realização de mais oito especiais.